BRASIL - Com o fim do recesso parlamentar por conta das festas de fim de ano e do Carnaval, o Congresso Nacional começa a retomar os trabalhos que ficaram parados. Isso inclui o trâmite de votação do PLC 122/06, que está novamente prestes a ser apreciado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Faz parte da estratégia usada pelos senadores (e também por deputados e vereadores) a falta de transparência na agenda dos trabalhos legislativos – o que impede que o povo conheça com antecedência o que está para ser votado, e portanto, não consiga se mobilizar em tempo.
Ontem (19/03), o PLC 122/06 quase chegou a ser votado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. Mas a relatora Fátima Cleide (PT-RS) – que é uma das principais defensoras da aprovação da lei de homofobia tal como está – resolveu tirá-lo da pauta, provavelmente pela falta de quórum para a sua aprovação.
Corre à boca pequena que existiria um acordo para que um senador pedisse novamente vistas do processo, ou seja, um prazo maior para avaliação.
Ocorre que essa é uma ferramenta geralmente usada para ganhar tempo. Na prática, por causa da falta de transparência na agenda, o relator espera o dia mais apropriado, ou seja, que tenha mais senadores favoráveis ao projeto, para votá-lo.
Desse modo, diversas leis que interferem diretamente na vida dos cidadãos são aprovadas. E foi exatamente assim que o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados, em uma sessão esvaziada, quando a bancada evangélica estava ausente.
Muitos deputados à época não criam na aprovação de uma lei tão absurda que fere a liberdade de pregação da Bíblia Sagrada (leia mais), entre outros pontos. Mas o projeto chegou ao Senado e, se aprovado, dali seguirá direto para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já se manifestou ser a favor.
É por esses motivos que conclamamos todos os cidadãos a se engajarem em uma ampla mobilização para exigir a participação maciça dos 36 senadores que integram a Comissão de Direitos Humanos nas reuniões. Só assim poderemos garantir que manobras de última hora não sejam usadas por ativistas defensores do projeto.
Lembre-se: nossa liberdade religiosa, de interpretação e pregação – não apenas de trechos bíblicos como também do Alcorão e da Torá – podem sofrer um “cala boca”.
Se o PLC 122/06 for aprovado como está, você poderá assistir pastores, padres, rabinos e xeiques presos. A realidade da Igreja Perseguida pode vir a ser a realidade da Igreja Brasileira. Sem contar que seremos obrigados a “contrabandear” Bíblias cujo original não foi censurado!
Tsuli Narimatsu Jornalista
Sugestão de modelo de Carta
Prezado Senador XXXXX
Assunto: acompanhamento do PLC 122/06
A retomada dos trabalhos legislativos reacende uma nova questão urgente para os cidadãos que, independentemente de religião e credo, desejam resguardar o seu direito à liberdade de opinião e expressão sobre a questão do comportamento homossexual.
Nesse sentido causa-nos preocupação a votação do parecer da senadora Fátima Cleide, em seu relatório sobre o PLC 122/06 na Comissão de Direitos Humanos, e a falta de transparência na agenda legislativa.
As informações acerca do dia e hora em que tal projeto será apreciado não constam no portal do Senado e aos cidadãos fica a percepção, talvez errônea, de que o projeto será colocado em pauta no dia em que tiver o quórum mais apropriado para a sua votação.
É por esse motivo que peço, como eleitor e cidadão brasileiro, o seu empenho em estar presente e acompanhar todas as sessões relativas a esse projeto.
XXXXXX Assinatura RG
Obs: Para saber os endereços dos 36 senadores que integram a Comissão de Direitos Humanos (que pode votar o projeto a qualquer hora), clique aqui.
Fonte: Missão Portas Abertas
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2 comentários:
As pessoas que são contra essa lei, ja estão caracterizando sinais de preconceito, acredito que a PLC 122 não quer acabar com a liberdade de expressão de ninguém, com essa lei queremos simplesmente respeito, da mesma forma que você não pode discriminar alguém por ser negro, deveria pensar que não se deve discriminar alguém pelo simples fato de ser homossexual.
A lei, caso seja aprovada, vai sim acabar com a liberdade de expressão. Para se ter uma idéia, ninguém mais vai poder citar aquelas passagens bíblicas que proíbem a união de pessoas do mesmo sexo. Isso se caracteriza pura perseguição religiosa. Estão querendo que rasguemos a Bíblia!
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